A situação de seca meteorológica manteve-se no final de agosto em Portugal continental, apesar do registo de um ligeiro desagravamento em alguns locais das regiões do norte e centro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
No final do mês de agosto, e de acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI), 34,3% de Portugal continental estava em seca fraca, 29,6% em seca moderada, 22,9% em seca severa, 12% em seca extrema e 1,2% em situação normal. O PDSI indica também que, relativamente a julho, verificou-se uma diminuição da percentagem de água no solo em quase todo o território.
A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal. À medida que o défice vai aumentando ao longo de dois, três meses, passa para uma seca agrícola, porque começam a ser evidentes deficiências ao nível da água no solo.
Se a situação se mantiver, começa a haver falta de água nas barragens, evoluindo para seca hidrológica. Existe também a seca socioeconómica, quando se sentem impactos na população.
Além do índice de seca, o Boletim Climatológico do IPMA indica que na primeira quinzena do mês de agosto os valores da temperatura do ar foram, em regra, inferiores ao valor médio. Na segunda quinzena de agosto, registaram-se valores superiores ao valor médio, ainda que com acentuadas variações diárias.
Quanto ao nível de precipitação, no total do país, foi superior ao normal, mas verificou-se uma forte variabilidade espacial na distribuição e em grande parte do Alentejo litoral e no Algarve não foi registada precipitação.
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